segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

CRÔNICAS




A crônica possibilita uma leitura rápida de um texto não muito longo, porém cheio de significado. Ela passeia por temáticas variadas indo desde assuntos sérios, como a política até o humorístico. A escolha fica ao gosto do leitor. A leitura e releituras permite o dialogar com o autor. É um bom exercício de reflexão e entretenimento.





Cães de estimação


     Existem e muitos. Hoje se veem cães muito bem tratados, alimentados com rações especiais, vestidos e adornados. Chegou ao meu conhecimento que até coleiras da marca VUITTON com preços de VUITTON são adquiridas por seus donos-pais. Aqui, por ser uma cidade interiorana a extravagância não chegou e acredito não chegará. Penso nessa adoção de filhos-cães como uma fonte de prazer, mas também como um escape para preencher o vazio deixado pelo homem quando o mais interessante, o que mais o absorve são seus próprios “eus”. Nunca se viu tantas casas e apartamentos com uma luz azulada e trêmula extasiar, as pessoas. Onde ficaram as conversas das vizinhas, os passeios aos parques, as visitas aos amigos...
     Voltemos aos cães de estimação.Talvez a causa dessa adoção seja o desinteresse do ser humano para com o ser humano, ou a quase inexistência de amigos sinceros em quem se possa confiar. Mas os amigos, creio eu, sempre foram pouco confiáveis e escassos. Então nos atenhamos a pensar nos seres racionais. O ser humano se petrificou. São tantas as injustiças, são tantos os fatos negativos envolvendo-o, são tantas as injustiças praticadas contra o povo que a saída é ir de cão... e temos, realmente, tantos relatos de feitos caninos aos seus donos que, por vezes, acreditamos que ele tem alma de humano.
      O cão chora? Chora, sim! Essa experiência foi vivenciada por mim que hoje escrevo esta crônica. O cão demonstra tristeza? Quem já teve um cão ainda não presenciou tal fato? E alegria? E dor? E prazer? E frio? E calor? E felicidade e cuidado? Esta última questão tem uma resposta categórica e plausível quando se observa uma cadela que pariu.
     Então... o ser humano deve preservar sua condição de humano e cuidar de quem lhe é caro, senão só lhe restará o cão. Não que ele não seja uma boa companhia mas ainda não aprendeu a falar.

Clari Cossettin





Minha casa

    Também vou falar de casa e de porão.Tive o prazer de ler a crônica de Rubem Braga: “Receita de casa”, que recomendo a você, pois ela me incentivou a escrever a minha crônica.
    O porão de minha casa realmente existiu. Abro um parêntese para situá-la geograficamente. Ela estava fincada em um distrito chamado Vista Alegre, o qual não constava e nem consta do mapa desse enorme Brasil, porém era nele que ficava a minha primeira casa, ia esquecendo... este distrito era jurisdicionado ao município de Cruz Alta, do Veríssimo, de O Tempo e o Vento, de Um Certo Capitão Rodrigo... da para entender? Mas volto a falar dela: da minha primeira casa. Pequena, porém aconchegante.E, como a casa pintada por Rubem Braga, ela tinha um porão, porém de verdade fresquinho e escuro... para se guardar um bom vinho, mama mia!!! E a lingüiça para que secasse, nas varas de bambus. Era para isso que realmente ele, o porão, servia, porém na minha imaginação e de mais duas crianças, meus irmãos, sendo eu, infelizmente, nessa hora, a mais nova,a que servia para ver e ouvir os fantasmas que eles me apresentavam,pois para mim ele era morada de fantasmas..
    Muitas e muitas vezes ao descer, diga-se de passagem por uma escada íngreme como uma inimiga que dificultava tanto a descida quanto mais a subida, ela fazia um grande ruído, assustador ao toque dos nossos pés.E eu sofria por aquilo que via sem ver,pois os fantasmas eram inexistentes.
    Geralmente essas incursões ao porão eram feitas sem o aval de minha mãe, por ser a escada considerada perigosa. Junto a meus irmãos e com uma lamparina em punho, pois já disse que ele era escuro, começávamos a nossa arte preferida.
    Somando-se aos ruídos da escada, quase sempre a lamparina se apagava, e aí, prato cheio para os dois maiores soltarem todas as bruxas e monstros que povoavam a minha crença para que eu começasse a berrar... e lá vinha minha mãe a me socorrer e dar bronca nos outros dois. Eu, com minha infantilidade me deixei muitas vezes ser usada para eles concretizar suas maldades infantis.
    Outras vezes, minha meio babá fazia uso da estratégia de soltar seus mitos e lendas criados sobre porões para me aterrorizar e fazer-me obediente a ela.
    Agora o vejo nas minhas lembranças como algo bom, engraçado, divertido, e seus fantasmas mortos. Às vezes, gostaria de ressuscitá-los e com eles minha infância.
    E tem muito, muito mais a contar em 1ª pessoa sobre essa casinha de Vista Alegre. Hoje o que me saltou a memória foi o porão.
   Se pudesse dar a receita de uma casa ela não teria porão, não teria nem boas recordações, dita saudades, ela seria só a casa e os habitantes dela nunca se separariam, não haveria até breve, até logo e nunca, nunca mesmo se ouviria a palavra adeus.

Crônica escrita por Clari


Eta! falsidade!

     Em quem acreditar em período eleitoral quando os candidatos que se apresentam para nós, lastimavelmente, partiram para agressões pessoais?
     Dilma e Serra ou Serra e Dilma se perderam em picuinhas e, com isso, não deixam claras suas propostas para a reflexão do eleitor tanto no enfrentamento direto nos debatem, como na campanha em separado. A discussão se concentra em questões pontuais, a maioria de caráter periférico.
     É inacreditável para os brasileiros pensantes que tenham, em pleno século XXI, que ouvir, ler e ver no confronto entre os dois acusações desse calibre pela artilharia tucana. Eles disparam: o PT e o governo apóiam as FARC; quer controlar os meios de comunicação; faz a divisão clara no país dos pobres e ricos; são condescendentes com o ilegalismo do MST; se juntam a dirigentes ditadores e blá! blá! blá!
     O PT não fica contando carneirinhos, tira da manga da camisa coisas como: Serra e PSDB impedirão avanços sociais; acabarão com o bolsa família; tratarão muito mal os movimentos sociais; são adeptos a privatizações e, mais, Serra é de direita. Grande pecado!
     Não sei..., realmente, não sei ... se os políticos veem a todo o brasileiro como aquele que compactua com o povo que dá um jeitinho, que pára para aplaudir os heróis dos reality shows, com aqueles que puxam o sinal de TV a cabo que o vizinho está pagando, que compram CDs piratas... e assim por diante.
     Enganam-se, pois o povo deseja neste dia 31 de outubro de 2010, no segundo turno das eleições, neste Brasil brasileiro de um povo forte apesar de fraco como diz o grande Euclides da Cunha em Os Sertões votar consciente e construtivamente, cada um com sua convicção. Oxalá o apelo emocional não interfira na escolha do eleitor!
     Se a Dilma estiver certa quando afirma que a campanha do Serra é leviana ou o Serra quando afirma que a Dilma copiou suas propostas o povo poderá julgar nos 04 anos de mandato.
     O desejo 1º é que o processo democrático não sofra prejuízo e, que a lei da mordaça e outras mais que porventura venham a prejudicá-lo sejam abatidas pelo sagrado direito do voto. 

Clari Cossettin


EU E BEBU NA HORA NEUTRA DA MADRUGADA
Rubem Braga
Muitos homens, e até senhoras, já receberam a visita do Diabo, e conversaram com ele de um modo elegante e paradoxal. Centenas de escritores sem assunto inventaram uma palestra com o Diabo. Quanto a mim, o caso é diferente. Ele não entrou subitamente em meu quarto, não apareceu pelo buraco da fechadura, nem sob a luz vermelha do abajur. Passou um dia inteiro comigo. Descemos juntos o elevador, andamos pelas ruas, trabalhamos e comemos juntos.
A princípio confesso que estava um pouco inquieto. Quando fui comprar cigarros, receei que ele dirigisse algum galanteio baixo à moça da tabacaria. É uma senhorinha de olhos de garapa e cabelos castanhos muito simples, que eu conheço e me conhece, embora a gente não se cumprimente. Mas o Diabo se portou honestamente. O dia toda - era um sábado - correu sem novidade. Ele esteve ao meu lado na mesa de trabalho, no restaurante, no engraxate, no barbeiro. Eu lhe paguei o cafezinho; ele me pagou o bonde.
À tarde, eu já não o chamava de Belzebu, mas apenas de Bebu, e ele me chamava de Rubem. Nossa intimidade caminhava rapidamente, mesmo sem a gente esperar. Quando um cego nos pediu esmola, dei duzentos réis. É meu hábito, sempre dou duzentos réis. Ele deu uma prata de dois mil-réis, não sei se por veneta ou porque não tinha mais miúdo. Conversamos pouco; não havia assunto.
À noite, depois do jantar, fomos ao cinema... Outra vez me voltou a inquietude, que sentira pela manhã. Por coincidência, ele ficou sentado junto a duas mocinhas que eu conhecia vagamente, por serem amigas de uma prima que tenho no subúrbio. Temi que ele fosse inconveniente; ficaria constrangido. Vigiei-o durante a metade da fita, mas ele estava sossegado em sua cadeira; tranqüilizei-me. Foi então que reparei que ao meu lado esquerdo sentara-se uma rapariga que me pareceu bonita. Observei-a na penumbra. A sua pele era morena, e os cabelos quase crespos. Sentia a tepidez de seu corpo. Ela acompanhava a fita com muita. atenção. Lentamente, toquei o seu braço com o meu; era fácil e natural; isto sempre acontece por acaso com as pessoas que estão sentadas juntas no cinema.
Mas aquela carícia banal me encheu as velas de desejo. Suavemente, não deslizei a minha mão para a esquerda. A moça continuava olhando para pio o filme. Achei-a linda e tive a impressão de que ela sentia como eu estava me emocionado, e que isto lhe dava prazer. Mas neste momento, ouço um pequeno riso e viro-me. Bebu está do me olhando. Na verdade não está rindo; está sério. Mas em seus olhos há uma qualquer malícia. Envergonhei-me como uma criança. A fita acabou e não falamos no incidente. Eu fui para o jornal fazer o plantão da noite. Só conversamos à vontade pela madrugada. A madrugada tem uma hora neutra que há muito tempo observo. É quando passo a tarde toda trabalhando, e depois ainda trabalho até a meia-noite na redação. Estou fatigado, mas não me agrada dormir. É aí que vem, não sei como, a hora neutra. Eu e Bebu ficamos diante de uma garrafa de cerveja em um bar qualquer. Bebemos lentamente sem prazer e sem aborrecimento. Na minha cabeça havia uma vaga sensação de efervescência, alguma coisa morna, como há um pequeno peso. Isto sempre me acontece: é a madrugada, depois de um de dia de trabalheiras cacetes. Conversamos não me lembro sobre o que. Pedimos outra cerveja. Muitas vezes pedimos outra cerveja. Houve um momento em que olhei sua cara banal, seu ar de burocrata avariado, e disse: - Bebu, você não parece o Diabo. É apenas, como se costuma dizer, um pobre-diabo. Ele me fitou com seus olhos escuros e disse:
- Um pobre-diabo é um pobre Deus que fracassou.
Disse isto sem solenidade nenhuma, como se não tivesse feito uma frase. De repente me perguntou se eu acreditava no Bem e no Mal. Não respondi; eu não acreditava.
Mas a nossa conversa estava ficando ridícula. Desagradava-me falar eu sobre esses assuntos vagos e solenes. Disse-lhe isto, mas ele não me deu a menor atenção. Grunhiu apenas.
<!--[if !supportLists]-->• <!--[endif]-->Existem.
Depois, afrouxou o laço da gravata e falou: - Há o Bem e o Mal, mas não é como você pensa. Afinal quem é você? Em que você pensa? Com certeza naquela moça que vende cigarros, de cabelos castanhos...
Estas palavras de Bebu me desagradaram. Ele dissera exatamente como por acaso aquela moça de olhos de garapa... Era assim que eu me exprimia mentalmente, era esta a imagem que me vinha a cabeça sempre que pensava nos olhos daquela senhorinha. "
Sei que não é uma comparação nova; ha muitos olhos que tem aquela, mesma cor meio verde, meio escura, de ca1d.o de cana; olhos doces, muito ver doces; e muitas pessoas já notaram isso; e até eu já vi essa imagem em uma poesia, não me lembro de quem. Mas a coincidência era alarmante; não podia ser coincidência. Bebu lia no meu pensamento, e, o que era pior, lia sem nenhum interesse, como se lê um jornal de anteontem. Isso me irritou:
- Ora, Bebu, não se trata de mim. Você estava falando do Bem e do Mal. Uma conversa besta...
Ele não ligou:
- Está bem, Rubem: o Bem e o Mal existem, fique sabendo. Você morou muito tempo em São José do Rio Branco, não morou?
- Estive lá quase dois anos. Trabalhava com o meu tio. Um lugarzinho parado...
- Bem. Lá havia um prefeito, um velho prefeito, o Coronel Barbirato. Mas o nome não tem importância. Imagine isto uma cidade pequena onde há sempre um prefeito, o mesmo prefeito. Esse prefeito nunca será deposto, nunca deixará de ser reeleito, sempre será o prefeito. E há também um homem que lhe faz oposição. Esse homem uma vez quis depor o prefeito, mas foi derrotado e o será sempre. O povo da cidade teme, aborrece, estima, odeia o prefeito; não importa. Pois é isto.
Bebu pós um pouco de cerveja no copo e continuou falando.
- É isto o Bem e o Mal. O prefeito acha que os bancos do jardim devem ser colocados diante da igreja: isto é o Bem. O homem da oposição acha que eles devem ficar em volta do coreto? Isto é o Mal. Entretanto...
- Bebu, deixe de ser chato.
- Não amole. Você sabe a minha história. Fiz uma revolução contra Deus. Perdi, fui vencido, fui exilado; nunca tive nem implorei anistia. Deus me venceu para todos os séculos, para a eternidade. É o prefeito eterno, ninguém pode fazer nada. Agora, se tem coragem, imagine isto eu saio de meu inferno uma bela tarde, junto meu pessoal, faço uma campanha de radiodifusão, arranjo armamento, vou até o Paraíso e derroto aquele patife. Expulso de lá aquela canalha, todas aquelas onze mil virgens, aquela santaria imunda. O que acontece?
Eu não respondi. Irritava-me aquele modo de falar Bebu continuou com mais veemência:
- Acontece isto, seu animal: não acontece nada! Você reparou quando uma revolução vence? Os homens se renderão diante do fato consumado. O Bem será o Mal, e o Mal será o Bem. Quem passou a vida adulando Deus irá para o inferno deixar de ser imbecil. Eu farei a derrubada: em vez de anjinhos, os capetinhas; em vez dos santos, os dem5nios. Tudo será a mesma coisa, mas exatamente o contrário. Não precisarei nem modificar as religiões. Só mudar uma palavra, nos livros santos onde estiver “não", escrever “sim", onde estiver “pecado", escrever “virtude". E o mundo tocara para a frente. Vocês não seguirão a minha lei, como não seguem a dele; não importa, será sempre a lei.
Eu me senti a atordoado. Percebi que lá fora, na rua, as lâmpadas se apagavam e murmurei: seis horas. Bebu falava com um ar de desconsolo.
- Mas não pense nisto. Aquele patife está firme. É possível depô-lo? Impossível! Impossível...
Olhei a sua cara. Dentro de seus olhos, no fundo deles, muito longe, havia um brilho. Era uma pequena, miserável esperança, muito distante, mas todavia irredutível. Senti pena de Bebu. É estranho, eu não passo olhar uma pessoa assim, no fundo dos olhas, sem sentir pena. Fui consolando.
- Enfim, meu caro, não adiantaria coisa alguma. Você como está, vai bem. Tem seu prestígio...
- Eu estou bem? Canalha! Pensa que, quando me revoltei, foi à toa? Conhece o meu programa de governo, sabe quais foram os ideais que me levaram à luta? Padre explicar por que, através de todos as séculos, desde que o mundo não era mundo até hoje, até sempre, fui eu, Lúcifer, o único que teve peito para se revoltar? Você sabe que, modéstia à parte, eu era o melhor da turma? Eu era o mais brilhante, o mais feliz, o mais puro, era feito de luz. Porque é que me levantei contra ele, arriscando tudo? O governo atual diz que eu fui movido pela ambição e pela vaidade. Mas todos os governos dizem isto de todos os revolucionários fracassados! Olhe, você é tão burro que eu vou lhe dizer. Esta joça não ficava assim não. Eu podia lhe contar o meu programa; não conto, porque não sou nenhum desses políticas idiotas que vivem salvando a pátria com plataformas. Mas reflita um pouco, meu animal. Deus me derrotou, me esmagou, e nunca nenhum vencedor foi mais infame para com um vencido. Mas pelo amor que você tem a esse canalha, diga-me: o que é que ele fez até agora? A vida que ele organizou e que ele dirige não é uma miséria? - uma porca miséria? Você sabe perfeitamente disto. Os homens não sofrem, não se matam, não vivem fazendo burradas? É impossível esconder o fracasso. Deus fracassou, fracassou mi-se-ra-vel-men-te! E agora, vamos, me diga: por pior que eu fosse, acha possível, camarada, acha possível que eu organizasse um mundo tão ridículo, tão sujo?
Não respondi a Bebu. Esvaziamos em silêncio o último copo de cerveja. Eu ia pedir outra, mas refleti amargamente que não tinha mais dinheiro na bolso. Ele, por sua vez, constatou o mesmo. Saímos. Lá fora já era dia:
- Puxa vida! Que sol claro, Bebu! Isto deve ser sete horas. Andamos até a esquina da Avenida.
Ele me perguntou:
- Onde é que você vai?
- Vou dormir. E você?
Bebu me olhou com seus olhos escuros e respondeu com um sorriso anjo.
- Vou à missa...
Julho, 1933

Pensando nesta crônica, em particular, vemos o diálogo entre Rubem e Bebu.Este diálogo oferece-nos a oportunidade de ver a discriminação e nos leva a uma reflexão natural, assim como a uma análise profunda de valores espirituais e sociais que estão vinculadas a crença popular.

Esta é uma crônica reflexiva sobre o bem e o mal. Gostaria que deixassem uma contribuição em cima das reflexões feitas por mim.





Assistam Roland Boldrin, o grande artista nacional, envolvido com música, recitações, apresentações de programas com temática bem brasileira. Eis uma contribuição desse artista, recitando uma crônica de Rubem Braga, o cronista escolhido por mim para compartilhar com vocês.


3 comentários:

  1. A intimidade que se cria com o mal depois de vê-lo como um igual é incrível, tanto que Rubem trata por apelido e passa horas memso agaradáveis com essa personificação do mal, umtanto controversa. No mínimo interessante.

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  2. Parece até uma fábula, se bem que para ser sincera tenho dificuldade em diferenciar fábula e crônia. Mas a trivialidade do diálogo é o mais incomum... gostei

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  3. Sabe-se que a crônica é pouco conhecida pelos brasileiros, então é fascinante como esse cronista conseguiu tamanho reconhecimento ... acredito que seja pela simplicidade da linguagem. Ironizar um encontro com o próprio bebu?! Só Rubem Braga!

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